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02/10/2018 12:37


Otávio Reichert - INTEGRANDO 13/10/2018

Escola nos presídios: Muitos leitores irão torcer o nariz ao que segue, mas concito toda a leitura, para depois emitir sua opinião. Ao tema “presidiários” meus argumentos se respaldam em duas palestras realizadas na FASE santo-angelense, e pela quarta vez (8 Out.) na Escola do NEEJA Flávio Gilberto Bley. Desta vez mais como Autor Presente, sempre realizadas em duas etapas, manhã e tarde, pois as Galerias A e B não se mesclam por adversidades criminais.
O professor Ivo R. da Silva, diretor daquele educandário, criou projeto de, anualmente, levar um poeta. Fui o eleito em 2014, e depois sempre reeleito por eles. Desafiei-os para que em 2019 escolham outrem, oportunizando novos horizontes. Diga-se que minha fala não visa agradá-los mas sim, além dos conhecimentos poéticos e culturais, incentivá-los a suportar os revezes da prisão para, ao saírem dela estarem mais preparados ao convívio social.
Buenas! Sou defensor de melhorias carcerárias, e sobre isto, tive a coragem de, na galeria B, abordar o candidato Bolsonaro. Ao nome, alguns sapatearem sua ira, mas foram se acalmando ao citar que entre seus projetos está o que transcrevo a seguir: “... presídios: Aposta na formação de uma equipe de profissionais “incorruptíveis” para atuar em presídios. Quer ampliar o sistema prisional para melhorar as condições de vida de detentos, ampliando a oportunidade e a exigência para que estes trabalhem dentro dos presídios.”
Corroborando com isso, naquela tarde um dos detentos, este bem conhecido em nossa comunidade, estava bastante abatido porque perdeu a função de trabalho na cozinha, deixando de ter a redução da pena prevista, onde a cada dia trabalhado abona-se um dia da pena total. Nos demais trabalhos, a redução é de três dias para um de redução.
Diga-se que estas linhas chegarão até eles, pois lhes é permitido acesso a jornais e livros, contribuindo ao aprendizado escolar. Mais de vez ouvi falarem que preso não deve ter direito a nada! Geralmente, após pequena exposição de motivos, se autocondenam pelo “pré-conceito” de que lá ninguém presta. Salvo alguns irrecuperáveis, muitos lá estão por crimes passionais, por brigas pós ingestão de álcool, inclusive de pequena gravidade, mas mal defendidos juridicamente pagam longas penas. Outros têm crimes gerados pelo vício ou comércio de drogas.
A maioria dos presidiários, ao reconquistarem a liberdade, tentam se reorganizar sem repetir seus erros, porém trazem consigo as estigmas (cicatrizes) da vivência carcerária. Além disso, sofrem injúrias com palavras e atitudes agressivas da sociedade, pois não sabemos acolhê-los. Quem já esteve, tem ou teve familiar preso, sabe melhor do que falo.
Não se generalize, porém mesmo aos incorrigíveis cabe um mínimo de dignidade humana. Do fator alimentação e tratamento dispensado pela equipe de segurança há poucas queixas. O maior sofrimento deles está no convívio de pessoas desajustadas, agravado pela superlotação carcerária. 
Além de citar o louvável trabalho educacional, com inúmeros trabalhos elaborados (foto 2), por alunos de 1º e 2º grau. Fiz um desafio da honestidade, prometendo um livro ao finalista, e este foi surpreendente. Com todos em pé, fui mostrando perguntas no Datashow, com respostas nas opções A, B, C e D. Mentalmente respondida, eu trocava a tela, aparecendo a opção correta. Errou, sentou! Os de pé continuavam a sabatina (teste). Pela 10ª pergunta havia dois finalistas e depois ao vencedor.

Humor: Dois presos na cadeia conversando: Por que você está aqui?
- Porque não me deixam sair! 

Site: Otávio Reichert 
FaceOtavio Geraldo Reichert   
Fone wats: (55) 99118-2080  otavioreichert@gmail.com

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