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01/03/2019 14:41


Otávio Reichert - INTEGRANDO 02/03/2019

Viagem Parte 3 - o retorno: Chile! Sexta-feira, 25 Jan. 2019. Havíamos chegado com sol, dois dias antes. Mas na véspera iniciou-se a garoa, transformada em neve nas montanhas. Impossível fazer refeições no caminhão. A salvação foi o hotel restaurante da Dona Eugênia, duvidoso na higiene.
Sexta-feira, 9h, recebemos a ordem para carregar. Encostamos o bruto para a desinfecção do baú, mas o rastreador já fora acionado, com a porta bloqueada. Comunicou pelo Whatsapp, mas a ordem, via satélite, para o desbloqueio não se efetuava por causa das nuvens espessas. Levou 30 minutos. Uma hora depois iniciou o carregamento: 19 toneladas de salmões, estes em caixas de isopor e placas de gelo, totalizando 25000 kg.
A tempo: a empresa fornece umas 5 cargas/dia. Como produzem 100 ton. de salmão/dia? Com alevinos produzidos em água doce, reproduzem-nos em cativeiros, nas frias águas salgadas do pacífico. São enormes grades, retangulares e/ou circulares, onde os peixes são alimentados com ração (e corante), fornecida com barcos ou bombas canalizadas. Com (+-) um ano pesam entre 2 e 5 kg, variação que se dá pela posição mais ou menos favorecida dentre das gaiolas alimentares.
Às 19:30h, documentos liberado, percorremos 180 km. Pernoitamos na aduana de Balmaceda, já fechada desde às 22h.
Passei frio como os ventos congelantes e 4ºC. Pelas 9h fomos liberados, adentrando a Argentina retornando os 108km de chão desértico, depois Rio Mayo, dali para Sarmiento. O que mais se vê naqueles desertos são centenas de bombas pica-pau extraindo petróleo, este canalizado por 1700 km até Buenos Aires. Num entroncamento desértico vimos a idolatria ao Gauchito Antônio Gil (ver Google). Chegamos a Comodoro Rivadávia ao entardecer, agora às margens do Oceano Atlântico.
Domingo! Para não pagar taxa extra, iríamos fazer o Enlastre (MIC no Brasil) na segunda-feira. Com pouca água nas bombonas, e a única torneira que havia estava seca. Perto dali, vi três pessoas numa precária academia; fui até eles. Um dos homens perguntou-me, de seco: “Tiene maconha?” Disse-lhe que não, queria água. “Mas conhece maconha?” A mulher abriu a torneira... seca! Li que naquela região petrolífera as drogas tomaram conta, principalmente da juventude. Almoçamos num restaurante: dentre as carnes de entrada, ofereceram tripa de frango assada, aquela da formação do ovo. Tradição deles, assim como a morcilha de sangue, seguida por “parilla”, o 1º churrasco da viagem. Tentei pescar, mas desisti por não encontrar local adequado!
Novamente pneu furado, que não trocamos. Consertamos os dois (um furado em Chacabuco) num posto de combustível, isto ao meio dia da segunda. Saímos de viagem pelas 14h, com destino a Trelew. Logo após o parente falar que os ventos fazem carros pequenos capotarem, eis que vimos um, parabrisa quebrado. Havia um caminhão e carro parados, com placa argentina. Prestando socorro? Não! Estavam depenando o carro acidentado. Suspeitamos terem pessoas dentro do carro. Mencionei sobre prestar socorro, mas disse o parente ser proibido parar, principalmente por causa do rastreador.  Polícia? Praticamente não há naquelas “Rutas”.
Aos poucos, os guanacos e rebanho de ovelhas foram desaparecendo do cenário. Fomos dormir em Trelew. Jantamos no restaurante, pois estava chovendo, para alegria daquele povo.
Terça-feira,29: Após 5h de sono, viajamos bem antes do sol apontar de lado, varando desertos, pontes com rios secos e a tal Salina Negra, onde extraem sal, prova maior de que ali já foi mar em épocas remotas. Passamos por um museu de dinossauros, pedágios e algumas plantações.
Quarta-feira amanheceu chuvosa por lá. Passamos ao largo de Buenos Aires, e pela meia tarde adentramos Uruguaiana. Ficamos até o entardecer de quinta-feira em lengalenga na Aduana brasileira, sendo liberados às 19h. É uma vergonha adentrar a rodovia 472, pois o “Corredor do Mercosul” no Brasil é um fiasco. Chegamos em Entre-Ijuís às 2h da madrugada de 1º de fevereiro. O parente seguiria viagem. Vivenciei boas experiências nestes 7810 km, somando ida e volta.

Humor: Disse o pai, mostrando o animal na baia: - Proteger o cavalo dos ventos e do frio representa a metade do trato...
- Mas então é só construir mais uma, que com duas baias nem precisamos tratar o bicho!  

Site: Otávio Reichert 
FaceOtavio Geraldo Reichert   
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Fone wats: (55) 99118-2080  otavioreichert@gmail.com

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