Otávio Reichert - INTEGRANDO 18/10/2019

Recife 2 – Jangadeiro: Segue a narrativa do Encontro Nordestino. Destaco um passeio de jangada, realizado no domingo, 6 de outubro passado. Paga-se trinta reais por pessoa, cabendo seis em cada jangada. O condutor Antônio, com 40 anos naquele ramo, confidenciou receber R$ 20 por passageiro, ficando o restante com a banca.

Após empurrar a jangada por sobre os rasos recifes (+- 50cm de fundura), ele iniciou a remo o percurso, e depois os ventos conduziram-nos pela ação da vela (cambona), o que fez lembrar a odisseia de Pedro Álvares Cabral. Minutos depois fizemos a primeira parada, junto a milhares de peixes que vieram comer na nossa mão, pois o jangadeiro nos forneceu algumas mãozadas de grãos de ração. Diga-se que as águas de Porto de Galinhas são super transparentes, com muitos corais.

Na segunda parada foi fornecido máscara para o mergulho. Convém usar algum calçado, pois os corais machucam o pé. A seguir, fomos conduzidos até o famoso “mapa do Brasil” que nada mais é que um arrecife (poça d’água) que lembra o formato do país.

Já retornando à praia, soube que não teria outros passageiros, pois as 86 jangadas, numeradas, disputavam a freguesia em ordem sequencial. Que na segunda-feira nem viria porque não chegaria sua vez ainda. Aguardara o dia inteiro para os R$ 120,00 reais.
O descuido da Fada: Antes da viagem para Recife, ao orientar o filho Emanuel (9 anos) sobre prevenção a roubos e acidentes, ele mesmo manifestou ser conveniente tirar sua corrente de prata que leva ao pescoço. Levando-a até a caixinha de joias, eis que ao abri-la viu seus dentinhos de infância, os quais foram levados pela fada, deixando moedas e dinheiro. Descuido da fada...
  O retorno: O raio não cai duas vezes? Cai! Sairíamos de Recife às 13h30min do dia 7, pela empresa Gol. Chegamos ao meio-dia no aeroporto para o check-in. Depois de se enrolar um pouco, a balconista nos disse: “Desculpe-me, mas este voo foi cancelado e não conseguimos contato para avisá-lo. Podemos lhe oferecer outro voo amanhã, ou sair às 18h, mas chegando de madrugada em Porto Alegre, já sem opções de ônibus para Santo Ângelo.

Diga-se que nosso grupo havia alugado a casa até a terça-feira, portanto deixamo-la um dia antes para facilitar o retorno.

Decidimos embarcar às 18h, com conexão em Guarulhos. Para compensar, a Gol nos forneceu vales de almoço. Durante a tarde, via celular, pesquisei sobre as passagens do ônibus das 7h de Porto Alegre às Missões. Restavam apenas seis leitos. Sem conseguir fazer a compra pelo celular acionei minha irmã, de Canoas, que fê-las os últimos bancos, e por e-mail enviou o link das passagens.

Saímos de Recife atrasados, às 19h15min, e com isso a incerteza de conseguir a escala paulista às 22h10min. Bem que tentei acelerar a mais de mil km/h até São Paulo, onde aterrissamos trinta minutos antes, mas demorou para sairmos do avião, aumentando nossa angústia. Resumo: fomos os últimos a embarcar no voo para Porto Alegre.

A Gol foi bastante solícita, pagando o táxi até o Hotel Continental, situado defronte a rodoviária da capital gaúcha. Enquanto a esposa preenchia o formulário de entrada, corri até o guichê onde imprimiram as passagens. Fomos dormir após às 2h. Como no avião só se come “besteiras”, levantamos antes das 6h para tomarmos um café reforçado. Chegamos em casa pelas 15h. Antes tarde do que nunca. Ufa!
As meias? Certa vez, no Paraguai, o amigo correu ao banheiro público com urgência número 2. Ao sair reparamos que estava sem as meias brancas. Perguntado, meio chateado respondeu: - Não tinha papel higiênico! Barbaridade...

Humor: O piloto faz contato com a torre: – Atenção torre! Atenção torre! Emergência! As duas turbinas estão em chamas. Por favor, me dê instruções...

– Corte a alimentação das turbinas e tente um pouso de emergência...

– Nenhuma das opções é possível, pois a chave está emperrada e o sistema hidráulico pifou!

– Então repita comigo: “Pai nosso que estais no céu…

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