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25/08/2023 17:55


Figueira centenária, simbolo de Santo Antônio das Missões, cai e gera comoção dos santo-antonienses

Plantada em 1914, por um agricultor conhecido como Tibúrcio Moreira, a figueira fazia parte da história do município, tanto que era popularmente chamada de Patrimônio Histórico de Santo Antônio das Missões. 

O fato ocorreu nesta sexta-feira (25) e foi divulgado pela página oficial da Prefeitura nas redes sociais, causando grande comoção dos munícipes de Santo Antônio das Missões. Conforme informações, um grande galho caiu da árvore que possui mais de 100 anos e fica próximo a Câmara Municipal de Vereadores da cidade. No momento da queda havia estudantes no local, mas nenhum ficou ferido, afirmou a assessoria de comunicação da prefeitura. 

Logo a pós a divulgação do ocorrido, munícipes se comoveram nas redes sociais em prol da Figueira e, especialmente, da história de Santo Antônio das Missões.  

O seu Ênio Saratt,  relembrou que ao pé da Figueira foi onde ganhou, do Papai Noel, seu primeiro presente de Natal em 1953, ele comentou na postagem:

“Não deixem arrancar nosso símbolo de Santo António! Ela pode brotar e ser grande e bela novamente!”.

Outra internauta santo-antoniense, Bruna Fraga, que atualmente reside em Santa Catarina, sugeriu a implantação de suportes de sustentação, para evitar a queda dos galhos, a exemplo da cidade de Florianópolis/SC. 

Enquanto alguns defendem a permanência da Figueira, outro destacam ser melhor derrubar e plantar uma muda nova no local, a fim de garantir maior segurança aos moradores. 

Ao mesmo tempo, as autoridades do município estudam as medidas de maior segurança a serem tomadas nos próximos dias.

Essa não é a primeira vez que a árvore sede aos rigores do tempo. Segundo registros, em 2017, logo após o festejos de ano novo, a árvore não resistiu aos fortes ventos e perdeu boa parte de sua copa, porém a figueira permaneceu de pé. 

A história da Figueira 

Conforme pesquisas do historiador Eduardo Schneider, a história conta que próximo do local onde está plantada a árvore, funcionava um bolicho, de propriedade de Manoel Cavalcante. Diziam ser muito frequentado por moradores da cidade, porém a falta de sombra incomodava o comerciante, que planejava em plantar uns pés de figueira ou timbaúva, árvores que crescem muito rápido e gerariam sombra aos clientes do bolicho. 

Lá pelas tantas, num domingo cedo, quem aparece no comércio para tomar uns tragos foi o Tibúrcio, que chegou logo pedido um trago da melhor canha de Cavalcante. Naquela ocasião, o dono da venda fez uma proposta a ele, que se o Tibúrcio desse jeito de conseguir uma muda de figueira para plantar e fazer sombra para o bar ganharia uma garrafa da melhor canha. 

Sem pensar duas vezes, Tibúrcio, saiu campear uma muda daquela árvore a fim de ganhar sua recompensa. Quando voltou com a muda, iniciou o plantio. Enquanto trabalhava na plantação da figueira, bebia junto o seu trago, resultado de tanto esforço. 

A história conta, ainda, que logo após o plantio da árvore, o agricultor, foi sentar-se no galpão e pouco tempo depois foi encontrado caído e constatado o óbito do saudoso Tibúrcio Moreira, que tanto contribuiu para a história da então Vila Treze de Janeiro, distrito de Garruchos, ambos pertencentes ao município de São Borja. 

 

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