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25/07/2019 11:04


Câmara de Comercio Brasil/China - AMM

Presidente da AMM, Prefeito Puranci Barcelos dos Santos participa em Salvador das Missões de palestra sobre a 
Câmara de Comercio Brasil/China.

A Administração Municipal de Salvador das Missões, juntamente com a comissão central da 10ª Exposalm promoveram uma importante palestra, na tarde do dia 22 de julho na Câmara Municipal de Vereadores, ministrada pelo Deputado Estadual Jeferson Fernandes, coordenador da câmara de comercio Brasil/ China da Assembleia Legislativa do RS.
Estiveram presentes neste evento inúmeras autoridades, Prefeito Daniel Gorski de Salvador das Missões, Puranci Barcelos presidente da AMM e Prefeito de Santo Antônio das Missões, Ildo Leske Prefeito de Ubiretama, Nelmo Viro Rorig Vice-prefeito de Campinas das Missões, Elói Bremm Vice-prefeito de São Pedro do Butiá, Elemar Antônio Dill Vice-prefeito de São Paulo das Missões, Lauri Wilchen Presidente da Câmara de Vereadores de Cerro Largo, Alcides José Kirsch Presidente da Câmara de Vereadores de Campinas das Missões. 
Também estiveram presentes representantes da comunidade Salvadorense e dos municípios vizinhos Guarani das Missões, Santo Ângelo, Roque Gonzales e São Luiz Gonzaga.

Para entender do que se trata a Câmara de Comércio, vamos relembrar a instalação da Frente Parlamentar Brasil/China, que foi lançada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no mês de março de 2019.
Proposta pelo deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), a Frente tem como objetivo incentivar o investimento comercial da China no Rio Grande do Sul, proporcionando a aproximação e negociações entre os países. O parlamentar explicou que a crise econômica vivida atualmente pelo Brasil foi uma das motivações para a criação da frente, além do interesse de fomentar a comercialização de outros produtos para a China. “Os chineses têm sido os maiores investidores no Rio Grande do Sul, e nós não queremos ficar só na exportação de soja. Nós queremos que tenha uma ampliação de negócios”, afirmou.
A criação da frente foi aprovada por 33 parlamentares da Assembleia Legislativa. “Praticamente todos os partidos deram apoio a essa iniciativa. Obviamente nós vamos cada vez mais envolver o executivo, também o municipal, porque entendemos que tem que serem feitos investimentos para crescer a economia gaúcha”, apontou o deputado. O seminário aconteceu justamente para divulgar o surgimento da frente e também dialogar sobre as oportunidades de investimentos chineses, que são principalmente focados nas áreas alimentícias, como verduras, hortaliças, carnes e lacticínios. Para isso, foram convidados para assistir ao evento produtores de diversas cidades do interior do estado. Também estavam presentes prefeitos e deputados desses locais.
O integrante do MPA, Rossetto, foi um dos quatro convidados que compuseram a mesa principal ao lado de Fernandes. A presença dele representava um dos focos de incentivo chinês, que são os pequenos agricultores. Junto de Rossetto e Fernandes estava Fabio Hu, presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC), Daniel Castro, diretor de comunicação da entidade, e Tiago Gorski, prefeito de Santiago.
Castro, que é jornalista e consultor internacional, falou sobre o crescimento financeiro da China ao longo dos anos até se tornar a segunda maior potência mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Dentro do contexto econômico chinês, Daniel abordou o projeto ‘One Belt, One Road’, conhecido como a Nova Rota da Seda, uma referência à antiga rota usada por chineses para levar produtos até o Ocidente, onde eram comercializados.
Segundo Castro, esse projeto cria um “novo desenho global” onde o Rio Grande do Sul poderia ter muitas oportunidades: “Dentro dele o Brasil é estratégico, a África é estratégica, a Ásia é estratégica. A Europa e a América do Norte deixam de serem estratégicas porque o dinamismo econômico nessas regiões só cai. A China olha o Rio Grande do Sul como o centro da América do Sul e a China busca centros dinâmicos. Toda a industrialização passa por novos centros dinâmicos. Então, a industrialização da China com o Brasil não vai se dar em São Paulo, por exemplo. O interesse chinês hoje é quase que complementar ao interesse do Rio Grande do Sul”.
Em sua fala, Castro também abordou as inovações tecnológicas que estão acontecendo na China e apontou a importância do estado gaúcho pensar também nos interesses do país asiático. “O RS tem que pensar essa nova China. Ela quer liderar meio ambiente, por exemplo. E isso é ótimo para a gente. Aqui a gente ainda está debatendo energia solar e ela já está lançando o vidro e a telha solar”, disse.
Ele também afirmou que acredita que os movimentos sociais podem ser os grandes ganhadores desse processo de incentivos chineses, uma vez que a ideia é justamente substituir o modelo convencional de compra e venda por meio de uma trading por uma venda direta entre o país e os produtores. Dentro disso, já existem exemplos, como o a criação de uma Bolsa de Alimentos Brasil-China, onde os pequenos agricultores e cooperativas podem oferecer seus produtos, sugerindo o prazo de entrega e valor deles.
Rossetto explicou que a criação da Bolsa ocorreu após uma viagem organizada entre a CCDIBC, a Confederação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação (Contac), o MPA, a Amzop, a Associação dos Municípios da Zona de Produção e a Associação de Prefeitos, que levou prefeitos, empresários, integrantes do MPA e da Contac para a China. “A bolsa é uma nova porta que se abre a partir de uma relação que a gente construiu quando estivemos em Xangai no mês de junho de 2018. Lá falamos com as principais empresas de alta tecnologia e assinamos uma carta de intenções de 1 bilhão de dólares para a compra de produtos direto das cooperativas dos pequenos agricultores. Também criamos a Bolsa, que funciona em Serafina Corrêa, no Sindicato da Alimentação. É uma nova perspectiva se abre para os pequenos agricultores da agricultura familiar aqui do Rio Grande do Sul”, enfatizou.
A Bolsa já está recebendo ofertas de produtos como mel, soja e café. Segundo Rossetto, foram solicitados 32 produtos para importação, dentre eles leite em pó e açúcar mascavo, por exemplo. De acordo com ele, há também uma alta procura em produtos orgânicos, o que gera um incentivo ao produtor rural para que ele passe a produzir alimentos sem uso de agrotóxicos. “Como fazer essa produção ecológica para atender essa demanda em grande escala é um grande desafio para nós e para os municípios da região, para as nossas cooperativas”.
Outro caso usado como exemplo no evento foi o incentivo econômico chinês para a instalação de uma fábrica de rações em Santiago, que também surgiu a partir dessa viagem à China. Durante o seminário, o prefeito Tiago falou da importância de políticos deixarem preconceitos ideológicos e partidários de lado e também da necessidade de ações como essa estarem aliadas com a política de Governo Federal: “Nós precisamos, cada vez mais, que os nossos governantes acolham muito bem os chineses porque senão outro país vai absorver essas oportunidades. No meu ponto de vista, a China, além de ser o maior parceiro é o melhor parceiro que o país tem. E um país que trata com descaso e discriminação seu maior parceiro comercial sabe se lá que frutos termos dessa relação”, afirmou.

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