A queda dos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) pressiona os preços da soja brasileira. No Rio Grande do Sul, impacto chegou a uma redução de 5% em uma semana. Entre as causas, especialistas apontam a elevação de 0,75 pontos percentuais nos juros dos Estados Unidos, anunciados na semana passada, somados à guerra na Ucrânia, ao período de portos fechados na China e a normalização das exportações na Indonésia.
Neste cenário preocupante para mercado de commodities agrícolas nas bolsas internacionais, o óleo liderou as baixas do complexo da soja, que chegou a retrair em 5%, e levou junto o farelo e o grão (ambos fechados em baixa de 3%) na CBOT. Segundo informações do analista de Mercado da AgRural, Adriano Gomes, houve uma queda de R$ 9,50 por saca de 60 Kg em Passo Fundo - levando-se em consideração o período de 15 a 23 de junho, excluindo o feriado nacional de 16 de junho. Sendo assim, os valores caíram de R$ 192,50 a R$ 183,00 a saca.
Com a colheita encerrada no Estado, que Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar calcula uma produtividade entre 1,4 mil e 1,5 mil kg/ha, o futuro deste commody depende agora das condições climáticas norte-americanas. “Em julho e agosto, o mercado agrícola entra na fase de ‘comprar e vender chuva’. Isso porque dependemos da previsão da temperatura e das precipitações da lavoura de lá para estimar o comportamento do mercado”, explica Gomes.
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