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02/09/2016 13:10


Otávio Reichert - INTEGRANDO 02/09/2016

        Carro de boi: Quando o MTG definiu este tema para os festejos 2016, suscitou histórias e recuerdos, os quais reavivaram saudosismos e a importância que teve a carroça à formação do RS, também durante a revolução farroupilha, entre os anos de 1835 a 1845.
Como palestrante cultural, baseado na temática, criei a miniatura de carro de bois (foto). O carpinteiro Luís Oliveira (Rua Damásio G. de Castro, próximo da rodoviária) foi quem esculpiu o projeto, ajudando na lapidação, que consistiu no feitio das rodas, chedas, costado e cambão, além dos bois do coice, canzis e canga. Ao movimentá-la, até o rangido deste protótipo faz lembrar o passado. A tiradeira (corrente) é de plástico, por onde será tracionado o carro por crianças, figurando a segunda junta de bois. 
        Chifres: Não sendo mocho, aos bois careciam guampas, que foram doadas pelo amigo “Dari Facas”. O rabo? Pedaço de corda, desfiada na ponta, também fixada com parafuso e arrematada com massa plástica.
        Guasqueiro: É o que lida com couros. Coube ao amigo Lauro Melo trançar a regeira, o ajoujo, as brochas. Até as orelhas fez de couro cru. A tolda é um recorte de couro de porco curtido, imitando uma cobertura de palha.
        Revolução Farroupilha: Como os líderes precisavam se deslocar, geralmente fugindo das forças imperiais, a escrituração (Livros Ata) e documentos governamentais foram conduzidos em carros de bois, daí o nome República das Carretas.
As três capitais farroupilhas, como registro principal, foram a de Piratini, de Caçapava do Sul e do Alegrete. Isto porque houve paradas estratégicas menos importantes, e entre as capitais republicanas, cite-se São Gabriel, que emenda ao Alegrete, e ainda Bagé e São Borja.
Percebe-se assim, facilmente, as andanças revolucionárias que se deslocaram a cavalo ou em carros de bois, transporte disponível da época 
        Para refletir: (Por Alison Maia, repórter policial - RJ)
Hoje um adolescente infrator me deixou sem ação e reação! Estava eu na delegacia fazendo mais uma cobertura de notícias quando me deparei com um adolescente de 14 anos sentado esperando para ser autuado por porte ilegal de arma de fogo.
Olhei e pensei: mais um moleque que não fica preso... nem vou perder meu tempo. Mas enquanto aguardava outra ocorrência me aproximei para aconselhá-lo dizendo:
- Sai dessa vida, rapaz! Você vai morrer, a vida das drogas e do crime não compensa...
Ele, até então calado, olhou bem pra mim e disse: - Seu Alisson, esse papo do senhor já cansei de ouvir. Estava armado porque vendo drogas, e ganho muito fazendo isso. Mas antes de ser vendedor eu trabalhava numa oficina e sabe o que fizeram? Denunciaram o dono da oficina por eu trabalhar lá. Ele me pagava legal, eu tinha minhas coisas, meu tênis, tinha tudo... Mas ele teve que me mandar embora para não ir preso, acho que até hoje responde na justiça por ter dado emprego a um menor.
Depois fui trabalhar na feira da Avenida Antônio Sanches. Trabalhei 7 meses e sabe o que aconteceu? A mesma coisa que na oficina, tive que sair. Não sei quem é meu pai, e minha mãe é uma coitada. Eu tentei, seu Alisson, trabalhar honestamente, trabalhava e estudava direito, mas não deixaram. Achei no tráfico o sustento meu e da minha casa. Então seu Alisson, guarda seus conselhos para esses safados que vocês votam e que acham que menor não pode trabalhar, mas pode roubar, matar e traficar... Entrei nessa vida porque sem trabalhar quero um tênis mas não posso, quero comer um sanduíche no Bobs e também não posso, ir no cinema e não posso. Então, já que não posso trabalhar como gente, vou traficar, pelo menos assim tenho dinheiro.
Ouvi isto de um garoto de 14 anos, estragado pelo sistema. Logo depois foi chamado para ser ouvido e a conversa terminou. Fiquei mudo! Sei que há vítimas do sistema, mas ele, com 14 anos, me calou mostrando o quanto nós, com nossas escolhas políticas, complicamos a juventude.
        Humor: Na praça, o pai elogiava seu filho: - Eu tenho o filho que todo pai quer ter!
Desconfiado, o amigo perguntou: - Hum! Vamos testar. Ele fuma e bebe?
- Não e não.
- Ele escuta músicas com som alto?
- Só escuta as minhas músicas prediletas.
- Bom! E não pede grana extra?
- Nunca pediu um centavo.
- Parabéns! Agora acredito! Mas... quantos anos ele tem?
- Vai completar seis meses...  
       O livro DECIFRA_ME: Charadas culturais por 5 reais.
Onde? Na Livraria Útil, Big Cópias...

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